Valdir Julião - Repórter
O número de roubo de veículos em Natal cresceu 72,65% nos sete primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Delegacia Especializada de Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov) e confirmam que de janeiro a julho deste ano, já foram roubados em Natal 2.096 veículos, contra 1.214 roubos ocorridos no mesmo período em 2011. A média de veículos roubados, que era de 173 por mês, passou para 300, ou seja, 10 a cada dia.
O delegado adjunto da Deprov, Guthemberg Leite de Medeiros, chama a atenção para o fato de que o índice de recuperação de veículos "é considerado bom", porque oscila entre 40% e 55%. O que está fora desse percentual, segundo Medeiros, são veículos que podem ser encontrados posteriormente, caso não tenham sido "desmanchados" ou vendidos para fora do Rio Grande do Norte, o que aumenta o grau de dificuldade para a sua recuperação.
A Deprov não tem um levantamento sobre a motivação do crime ou destinação dada aos veículos que são, diariamente, roubados em Natal. Guthemberg Leite de Medeiros, disse que a Polícia tem conhecimento de que muitos veículos roubados são usados para "desmanche", ou seja, para a retirada e venda de peças e acessórios, como pneus, som etc. Outra parte dos veículos também são roubados "para negócio" em outros estados e até vendidos em países vizinhos do Brasil.
Também existe outra destinação dos veículos roubados, o uso para assaltos e realização de outros tipos de crimes, e que depois são abandonados e os proprietários têm mais sorte de encontrar: "Os criminosos preferem os carros mais potentes, como camionetes, porque é mais fácil de fugir", diz Gutemberg. Para o delegado, os índices de roubos de carros em Natal ainda podem ser considerados baixos, dado a quantidade de carros que são vendidos por mês na cidade e em todo o o Rio Grande do Norte, onde a frota 915.981 veículos, dos quais 340.508 são registrados só em Natal, segundo as estatísticas atualizadas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Segundo Medeiros, "só não tem mais carro circulando", porque a redução dos impostos para a compra de carros novos contribuiu para reduzir as vendas nas lojas de carros usados. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que no acumulado dos primeiros sete meses de 2011, a quantidade de veículos vendidos no Rio Grande do Norte chegou a 39.990 unidades. No mesmo período, este ano, foram vendidas 41.179 unidades, uma variação de 2,95 %.
VÍTIMA
O industriário aposentado Evaristo Matias de Souza Neto passou a fazer parte das estatísticas de pessoas que tiveram veículos roubados, depois que sua casa foi invadida por três assaltantes da quinta-feira que antecedeu o feriadão de 7 de setembro.
Evaristo de Souza Neto reclama da falta de segurança em Potilândia, onde reside com a mulher duas filhas e a sogra de 78 anos, que é portadora do mal de Alzheimer e sofreram, além de agressões físicas, "ameaças de coisas feias que não quero nem dizer". Segundo Souza Neto, enquanto os assaltantes agiam roubando objetos pessoais e eletroportáteis da casa, outros homens esperavam por eles em outro carro do lado de fora.
A vítima disse que a família está abalada psicologicamente, as filhas não querem voltar mais para a residência, enquanto o seu carro foi abandonado e encontrado em Cajupiranga, em Parnamirim.
Ele reclama que a praça em frente a sua casa, próximo ao colégio Jorge Fernandes, na rua Cristal, "está sendo ponto de encontro de bandidos", enquanto o conjunto carece, apesar de ter uma base policial, que inclusive foi alvo de disparos de arma de fogo, de mais segurança.
Fonte: Tribuna do Norte
O número de roubo de veículos em Natal cresceu 72,65% nos sete primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Delegacia Especializada de Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov) e confirmam que de janeiro a julho deste ano, já foram roubados em Natal 2.096 veículos, contra 1.214 roubos ocorridos no mesmo período em 2011. A média de veículos roubados, que era de 173 por mês, passou para 300, ou seja, 10 a cada dia.
O delegado adjunto da Deprov, Guthemberg Leite de Medeiros, chama a atenção para o fato de que o índice de recuperação de veículos "é considerado bom", porque oscila entre 40% e 55%. O que está fora desse percentual, segundo Medeiros, são veículos que podem ser encontrados posteriormente, caso não tenham sido "desmanchados" ou vendidos para fora do Rio Grande do Norte, o que aumenta o grau de dificuldade para a sua recuperação.
A Deprov não tem um levantamento sobre a motivação do crime ou destinação dada aos veículos que são, diariamente, roubados em Natal. Guthemberg Leite de Medeiros, disse que a Polícia tem conhecimento de que muitos veículos roubados são usados para "desmanche", ou seja, para a retirada e venda de peças e acessórios, como pneus, som etc. Outra parte dos veículos também são roubados "para negócio" em outros estados e até vendidos em países vizinhos do Brasil.
Também existe outra destinação dos veículos roubados, o uso para assaltos e realização de outros tipos de crimes, e que depois são abandonados e os proprietários têm mais sorte de encontrar: "Os criminosos preferem os carros mais potentes, como camionetes, porque é mais fácil de fugir", diz Gutemberg. Para o delegado, os índices de roubos de carros em Natal ainda podem ser considerados baixos, dado a quantidade de carros que são vendidos por mês na cidade e em todo o o Rio Grande do Norte, onde a frota 915.981 veículos, dos quais 340.508 são registrados só em Natal, segundo as estatísticas atualizadas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Segundo Medeiros, "só não tem mais carro circulando", porque a redução dos impostos para a compra de carros novos contribuiu para reduzir as vendas nas lojas de carros usados. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que no acumulado dos primeiros sete meses de 2011, a quantidade de veículos vendidos no Rio Grande do Norte chegou a 39.990 unidades. No mesmo período, este ano, foram vendidas 41.179 unidades, uma variação de 2,95 %.
VÍTIMA
O industriário aposentado Evaristo Matias de Souza Neto passou a fazer parte das estatísticas de pessoas que tiveram veículos roubados, depois que sua casa foi invadida por três assaltantes da quinta-feira que antecedeu o feriadão de 7 de setembro.
Evaristo de Souza Neto reclama da falta de segurança em Potilândia, onde reside com a mulher duas filhas e a sogra de 78 anos, que é portadora do mal de Alzheimer e sofreram, além de agressões físicas, "ameaças de coisas feias que não quero nem dizer". Segundo Souza Neto, enquanto os assaltantes agiam roubando objetos pessoais e eletroportáteis da casa, outros homens esperavam por eles em outro carro do lado de fora.
A vítima disse que a família está abalada psicologicamente, as filhas não querem voltar mais para a residência, enquanto o seu carro foi abandonado e encontrado em Cajupiranga, em Parnamirim.
Ele reclama que a praça em frente a sua casa, próximo ao colégio Jorge Fernandes, na rua Cristal, "está sendo ponto de encontro de bandidos", enquanto o conjunto carece, apesar de ter uma base policial, que inclusive foi alvo de disparos de arma de fogo, de mais segurança.
Fonte: Tribuna do Norte