O
vereador e sargento reformado Cleonaldo Joaquim Oliveira foi reeleito no
último 7 de outubro com a terceira maior votação de Monte Alegre, mesmo
em regime de prisão preventiva. O parlamentar está detido no 3º
Batalhão de Polícia de Choque, em Natal. A primeira audiência para
julgar o caso acontecerá dia 26 deste mês. Caso seja condenado pelo
Tribunal do Júri ele perde o mandato e cede lugar ao primeiro
suplente. Cleonaldo confessou ter assassinado Erival Lopes da Silva, de
37 anos, em legítima defesa. O crime aconteceu no último 28 de junho. O
motivo teria sido fútil, segundo informaram fontes de Monte Alegre: o
pneu do carro que Erival dirigia furou e o carro ficou “no prego” em
frente à casa de Cleonaldo, em Vera Cruz. Ele e os amigos pararam
próximo à residência do vereador para trocar o pneu.
Erival
teria destratado os próprios amigos pela forma como trocavam o pneu. Os
xingamentos chamaram a atenção da mulher do vereador. Ela teria saído de
casa e pedido para Erival parar com a baderna na rua e chamou Cleonaldo
para resolver a situação. Fontes do município contam que o vereador
pediu respeito à sua casa. Sem ser atendido, apontou as armas e efetuou
quatro disparos de arma de fogo contra Erival. O juiz eleitoral de Monte
Alegre (comarca responsável por Vera Cruz), Marcos José Sampaio, disse
que o próprio vereador – ex-presidente da Câmara Municipal – procurou a
delegacia para confessar o crime. “Ele disse ter agido em legítima
defesa, pois pensava que seria atacado pelo rapaz”. O magistrado disse
só se pronunciar a respeito da consequência da condenação para o mandato
do vereador após o julgamento.
Corpo carbonizado
Esta
semana a Delegacia Geral de Polícia identificou a ossada encontrada
semana passada em um carro enterrado dentro do Sítio Euzébio, de
propriedade de Cleonaldo. O sítio está localizado distante 9km de Vera
Cruz, em local de difícil acesso. O carro com o corpo da vítima foi
descoberto após policiais civis, federais e representantes do Ministério
Público deflagrarem operação com o objetivo de cumprir dois mandados de
busca e apreensão na residência e no sítio do vereador. Também foram
encontrados oito cartuchos de espingarda calibre 32.
A vítima é
Paulo Sérgio de Araújo, desaparecido desde o dia 17 de dezembro de
2009, quando foi registrado o Boletim de Ocorrência pela mãe da vítima.
Paulo Sérgio foi visto pela última vez num assentamento localizado em
Macaíba, dirigindo um veículo tipo GM Kadett de cor vermelha –
possivelmente o mesmo incendiado e encontrado enterrado no sítio do
vereador. Ele teria sido raptado por quatro homens usando colete da
Polícia que dirigiam um Gol. Um dos homens levou o carro da vítima. A
identificação do corpo será comprovada por exame de DNA.
Crime seria por vingança
O crime teria sido motivado por vingança, segundo informações prestadas por fontes da cidade e publicadas no Diário de Natal em 28 de setembro. O rapaz encontrado no carro carbonizado seria filho do homem que teria mandado matar o pai do vereador, há dois anos. “Logo depois que o pai dele morreu, o vereador dizia que não descansaria enquanto não se vingasse dos assassinos de seu pai”, relembra a fonte. Outros três envolvidos na morte do agricultor Joaquim Moisés, pai de Cleonaldo, já teriam “desaparecidos do mapa”.
O crime teria sido motivado por vingança, segundo informações prestadas por fontes da cidade e publicadas no Diário de Natal em 28 de setembro. O rapaz encontrado no carro carbonizado seria filho do homem que teria mandado matar o pai do vereador, há dois anos. “Logo depois que o pai dele morreu, o vereador dizia que não descansaria enquanto não se vingasse dos assassinos de seu pai”, relembra a fonte. Outros três envolvidos na morte do agricultor Joaquim Moisés, pai de Cleonaldo, já teriam “desaparecidos do mapa”.
Segundo a
fonte, o assassinato do pai do vereador ocorreu por volta das 19h30,
quando invadiram a casa de Joaquim Moisés, na comunidade rural conhecida
por Euzébio, para assaltá-lo. Como o pai de Cleonaldo teria negado ter
dinheiro em casa, os assaltantes dispararam contra o agricultor, que
revidou aos disparos e atingiu um dos envolvidos no crime. Com o pai
morto e o assaltante baleado agonizando, Cleonaldo chegou ao local e
pressionou a vítima a confessar o nome do mandante que, segundo a fonte,
era o pai do rapaz encontrado no carro carbonizado.
Fonte: Canguaretama Hoje