Comandante da PM já havia deixado quartel e não recebeu intimação.
'Amanhã, assim que for intimado, irei cumprir a decisão judicial', disse.
Coronel Araújo (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
O comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel
Francisco Canindé de Araújo Silva, não foi intimado sobre a decisão para
cumprir com "urgência" a reintegração de posse do palácio Felipe
Camarão, sede da Prefeitura de Natal. A determinação é do juiz Geraldo
Antônio da Mota, da 3ª vara da Fazenda Pública de Natal. Araújo foi
procurado por um oficial de Justiça fora do horário do expediente
normal, quando já havia deixado o Comando Geral da PM.
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"Não fui intimado sobre qualquer decisão judicial e não tenho
conhecimento do que se trata. Soube por vocês que é uma reintegração de
posse do prédio da Prefeitura de Natal. Mas pelo horário avançado, não
há como cumpri-la", falou o comandante ao G1.- 'Hoje quem manda na Prefeitura é o povo', diz invasor em Natal
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Araújo antecipou que nesta quinta-feira (25) vai chegar ao quartel do Comando às 8h. "Assim que o oficial de Justiça me entregar a intimação, irei cumprir criteriosamente o que determina a decisão judicial", afirmou.
No final da tarde, o juiz Geraldo Mota determinou que a Prefeitura de Natal seja desocupada pelos permissionários do transporte alternativo, que estão no prédio desde o início da manhã desta quarta-feira (24). A reintegração de posse foi pedida pela Procuradoria Geral do Município. Os permissionários afirmaram mais cedo que só deixavam o prédio quando as reivindicações fossem atendidas.
Na decisão, o juiz ressalta que a reintegração "deve ser promovida com absoluta cautela, com a presença obrigatória do Comandante Geral da Polícia Militar, a viabilizar o cumprimento da ordem, e evitar excessos em sua execução".
Ocupando o palácio Felipe Camarão, sede do Executivo Municipal, os manifestantes entregaram uma pauta de reivindicações ao secretário do Gabinete Civil, Sávio Hackradt. O documento trata de três pontos, a bilhetagem unificada, a redução do preço da passagem de ônibus para R$ 2, e a inclusão do transporte alternativo no projeto de lei que trata da licitação do transporte público da capital potiguar.
No início da noite, o diretor de comunicação do Sindicato dos Proprietários de Transportes Alternativos de Passageiros do Rio Grande do Norte (Sitoparn), José Pedro dos Santos, disse que a categoria iria resistir.
Segundo o sindicalista, a categoria quer o cumprimento da pauta de reivindicações entregue à Prefeitura na tarde desta quarta: bilhetagem unificada, redução do preço da passagem para R$ 2 e inclusão do transporte alternativo no projeto de lei que organiza o transporte público da cidade. “A terceira já foi cumprida, só faltam as outras duas para sairmos”, frisou.
G1 RN