Suspeito de matar mulher em apartamento será ouvido em Natal...

Clara Rubianny Ferreira tinha 26 anos e era natural de Caruaru (Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)Clara Rubianny Ferreira tinha 26 anos e era natural
de Caruaru (Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)
O suspeito de ter matado uma mulher em um apartamento de Ponta Negra, bairro da zona Sul de Natal, será trazido até a capital potiguar para ser ouvido pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte. Dono do apartamento em que foi encontrado nesta segunda-feira (22) o corpo de Clara Rubianny Ferreira, de 26 anos, ele foi preso na noite desta terça-feira (23) na BR-116, na altura do município de Vitória da Conquista, no Sul da Bahia. O suspeito é natural da cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo.

A delegada Karen Cristina Lopes, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), explicou que vai a Vitória da Conquista nesta quarta-feira (24) para buscar o suspeito. A titular da Deam solicitou um mandado de prisão, que foi expedido pela 3ª Vara Criminal da zona Sul de Natal. "Vou de carro nesta quarta pela manhã. Ele vai ser trazido e interrogado na Deam", conta a delegada.
Ao G1, o inspetor Roberto Cabral, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), informou que o suspeito estava sem bagagens e não resistiu à prisão."A Polícia Civil nos passou a informação e pediu para monitorarmos", conta. O homem de 36 anos estava em um ônibus com destino a Belo Horizonte, Minas Gerais. Ele pegou o veículo na Rodoviária de Natal por volta das 13h30 desta segunda. A prisão aconteceu às 19h20.
A investigação está tendo apoio da Delegacia de Polícia da Grande Natal (DPgran). O delegado Odilon Teodósio, titular da pasta, revelou que uma Cherokee de propriedade do suspeito foi encontrada em um lava-jato no bairro de Ponta Negra. O veículo está na Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol). A Cherokee foi utilizada pelo dono do apartamento para deixar o prédio em que estava o corpo da mulher.

O caso
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte identificou Clara Ferreira nesta quarta. Ela tinha 26 anos e era natural de Caruaru, em Pernambuco. Uma tatuagem na perna possibilitou a identificação da vítima, conforme explicou o chefe de investigação da 15ª Delegacia de Polícia, Edson Barreto.
Clara foi achada enrolada em lençois e sacos plásticos. Um fio elétrico estava em volta do pescoço da vítima. De acordo com o chefe de investigação da 15ª DP, alguns vestígios achados no local do crime indicam que houve consumo de drogas no quarto onde a vítima foi encontrada. "Achamos um prato e uma gilette, que normalmente são usados para esquentar e separar cocaína", ressalta. Um exame toxicológico solicitado ao Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep) deve mostrar se Clara consumiu drogas antes de morrer.
O corpo da vítima foi encontrado após denúncia anônima de moradores de um condomínio de Ponta Negra que reclamavam do mau cheiro vindo do apartamento. Os policiais da 15ª DP arrombaram a porta e acharam o corpo já em decomposição. Antes da descoberta do corpo, Edson Barreto chegou a entrar em contato com o pai de Clara, que mora em Caruaru. "Ele não tinha notícias dela faziam seis dias", conta.
Titular da Deam, a delegada Karen Lopes disse que ainda não pode passar informações sobre o caso para não atrapalhar as investigações. De acordo com ela, quatro pessoas foram ouvidas nesta terça-feira (23).
Dono do imóvel é procurado
O proprietário do apartamento em que Clara foi encontrada deixou o prédio por volta das 13h do domingo (21) a bordo de uma Cherokee vermelha e não retornou.

"Segundo as informações que recebemos, o dono do imóvel é paulista de Ribeirão Preto, morava lá há três meses e é usuário de drogas. Nos informaram que ele morava sozinho, mas costumava receber outros usuários de drogas e garotas de programa", explica o chefe de investigação da 15ª DP.
Edson Barreto revelou que uma denúncia já havia sido recebida na última sexta-feira (19) pela Polícia Militar, que esteve no local, porém teve a entrada impedida pelo dono do apartamento. "Como não tinham mandado, os policiais preferiram não arriscar", ressalta.



Fonte: G1/RN
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