Manifestantes invadem plenário da Câmara dos Deputados...

20/08/2013 18h04 - Atualizado em 20/08/2013 19h57


Policiais de vários estados já tinham ocupado o Salão Verde da Casa.
Eles cobram votação de proposta que cria piso salarial nacional.

Fabiano CostaDo G1, em Brasília

Policiais protestam no plenário da Câmara pela votação da PEC 300 (Foto: Fabiano Costa/ G1)Policiais protestam no plenário da Câmara pela votação da PEC 300 (Foto: Fabiano Costa/ G1)
Policiais militares, civis e bombeiros de vários estados que já tinham ocupado o Salão Verde da Câmara dos Deputados em manifestação pela votação da PEC 300, que cria um piso nacional para a categoria, invadiram o plenário da Casa no final da tarde desta terça-feira (20).
Assim que ocorreu a invasão, o deputado Simão Sessim (PP-RJ), que presidia a sessão, encerrou os trabalhos. Parte dos manifestantes se sentou nas poltronas reservadas aos parlamantares.
Em seguida, o presidente Henrique Eduardo Alves assumiu o comando da mesa e fez um apelo para que os manifestantes deixassem o plenário. Ele propôs criar um grupo de trabalho para discutir até 16 de setembro a proposta de emenda constitucional. Ao final do trabalho desse grupo, a Câmara decidiria se leva a proposta à votação em segundo turno.
Alves se irritou com as manifestações em plenário e ameaçou retirar a proposta de criação do grupo de trabalho. Mesmo assim, os policiais permaneceram no plenário.
"Esse tipo de comportamento não é respeitoso, nem democrático”, disse Alves. “Estou falando a pessoas sérias e responsáveis. Faço apelo a deputados que se dizem representantes dessa classe, porque eu não vou pautar essa matéria [...]. Faço apelo pela retirada dos senhores de forma educada e respeitosa”, disse.
Depois, deputados com vínculo com a categoria passaram a pedir aos manifestantes que deixassem o plenário.
Estudantes de medicina e de outras profissões da área de saúde que prostestavam contra e a favor dos vetos ao projeto do Ato Médico aproveitaram o tumulto para também entrar no plenário, mas se mantiveram ao fundo do recinto.
Cerca de 20 minutos depois de iniciado o tumulto, a maioria dos manifestantes já tinha deixado o plenário.
Henrique Alves disse ter ficado “surpreso” com a invasão do plenário. Ele disse que entende o “emocionalismo” dos policiais, mas afirmou que as dificuldades da categoria não justificam a medida. “Não é desse jeito que se convence o plenário a votar”, declarou.
“Eu me surpreendi com essa atitude que não engrandece, não ajuda o entendimento de nenhum voto dos parlamentares”, disse.
G1
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