06/08/2013 20h23
- Atualizado em
06/08/2013 20h28
Falta de neurocirurgião levou a espera de 8 h por operação; Adrielly morreu.
Ele responderá por estelionato, falsidade ideológica e abandono de função.
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou nesta terça-feira (6) o neurocirurgião Adão Orlando
Crespo Gonçalves pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e
abandono de função. Ele é acusado de faltar ao plantão do natal de 2012,
quando a menina Adrielly dos Santos, de 10 anos, foi baleada na cabeça e
esperou oito horas por atendimento na porta do Hospital Salgado Filho,
no Méier, Subúrbio do Rio. A menina foi operada após a chegada de outro
médico, mas morreu 11 dias depois.- Polícia não descarta reconstituição em local onde Adrielly foi baleada
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O MPRJ requereu ainda uma medida cautelar suspendendo a função de médico de Adão Orlando Crespo em hospitais das redes federal, estadual e municipal até o julgamento final da ação.
De acordo com a denúncia, Adão assinava as folhas de ponto do Hospital Salgado Filho, mas pagava a outro neurocirurgião — doutor Francisco Eduardo Doutel — para ser substituído. O médico suplente e outros sete médicos também foram denunciados por estelionato por participarem do esquema.
Adrielly esperou 8 horas por cirurgia após ser atingida por bala perdida (Foto: Reprodução Globo News)
G1