Polícia do Rio prende o maior fornecedor de droga de facção...

08/04/2014 16h12 - Atualizado em 08/04/2014 19h41

Traficante preso no Rio vivia no luxo 

'acima de suspeitas', diz delegado

'Tubarão' é apontado como maior fornecedor de drogas e armas de facção.
Visitas às comunidades, no entanto, eram esporádicas: 'é um estrategista'.

Gabriel BarreiraDo G1 Rio

tubarão, polícia civil, rio de janeiro, traficante (Foto: Reprodução/TV Globo)Tubarão foi preso nesta segunda-feira (Foto: Reprodução/TV Globo)
Apontado como maior fornecedor de drogas e armas de uma facção criminosa do Rio, o traficante Ricardo dos Santos Silva (conhecido como Tubarão) vivia uma vida de luxo, "acima de qualquer suspeitas", segundo o delegado da 33ª DP Marcelo Martins, responsável pelo caso. O suspeito movimentaria cerca de R$ 2 milhões mensais com as vendas, viveria no Paraguai (de onde traria as drogas) e se passava por "uma pessoa normal" em um condomínio de classe alta no Recreio dos Bandeirantes. As informações foram dadas em entrevista coletiva nesta terça (8).
As visitas às comunidades abastecidas seriam esporádicas "só para desenvolver seus negócios". Fornecedor de comunidades como Nova Holanda e Parque União, ele teria mudado o comércio ilegal para locais como Cidade Alta, após a ocupação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Segundo Martins, o suspeito não é apontado como um "sanguinário, mas sim um estrategista. Às vezes, uma pessoa assim é mais perigosa do que [uma pessoa] violenta".
De acordo com as investigações, tanto o veículo utilizado por ele, quanto o apartamento alugado estavam no nome de outras pessoas. Tubarão estava sendo acompanhado há cerca de um mês e foi preso com uma pistola, instantes antes de devolver o apartamento e voltar para o Paraguai.
Prisão aconteceu na segunda
Ricardo foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma. Ele estava com uma pistola com numeração raspada. De acordo com a polícia, "Tubarão" traz drogas e armas de Ponta Porã e Foz do Iguaçu, na Sul do país para abastecer favelas do Rio e da Baixada Fluminense. Entre as comunidades que costumam receber o material trazido pelo suspeito estão as favelas do Muquiço, em Guadalupe, Cidade Alta, em Cordovil, no Subúrbio do Rio e Parque das Missões, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Ricardo dos Santos Silva foi preso em outra ocasião, em 2009, no Paraguai, pela extinta Delegacia de Repressão de Armas e Explosivos (DRAE). Contra ele havia dois mandados de prisão por tráfico, mas as ordens judiciais foram recolhidas pela justiça
.
Postagem Anterior Próxima Postagem