Polícia prende terceiro suspeito de matar soldado da PM na Grande Natal...

28/04/2014 20h08 - Atualizado em 28/04/2014 20h16


Além do homem, uma jovem de 22 e uma adolescente de 15 foram detidas.
PM Jailson Augusto do Nascimento foi morto a tiros no dia 26 de março.

Do G1 RN

  •  
Soldado Jailson Augusto Nascimento foi morto em Parnamirim (Foto: Reprodução/Sérgio Costa/PortalBO)Soldado Jailson  foi morto durante assalto em
Parnamirim (Foto: Sérgio Costa/PortalBO)
A Polícia Civil do Rio Grande do Norteprendeu nesta segunda-feira (28) o terceiro suspeito do assassinato do policial militar Jailson Augusto Nascimento, de 43 anos, morto no dia 26 de março na cidade de Parnamirim, na Grande Natal. O suspeito de 27 anos tinha um mandado de prisão temporária em aberto. Além dele, já foram detidos uma jovem de 22 anos e uma adolescente de 15 anos, que assumiu a autoria dos disparos que mataram o PM.

O suspeito de 27 anos é apontado como o responsável por pilotar a motocicleta que levava a adolescente autora dos tiros. A prisão foi realizada por policiais civis da 1ª Delegacia de Parnamirim com o apoio de agentes da 14ª Delegacia de Polícia Civil. O homem já vinha sendo investigado pelas duas delegacias por roubos. Outros dois suspeitos ainda são procurados pelo crime.

O soldado foi assassinado durante a noite no bairro Jóquei Clube, em Parnamirim. O PM Jaílson Augusto do Nascimento foi morto com vários disparos de arma de fogo. Segundo a própria PM, o soldado estava fardado, mas já havia deixado o serviço para buscar a filha. De acordo com a polícia, o soldado Augusto era lotado no 3º Batalhão da PM.

Ele foi atingido por tiros na cabeça e no tórax e morreu antes mesmo de receber atendimento médico. Testemunhas informaram que o PM foi assassinado porque tentou evitar o assalto a um churrasquinho.
'Arrependida', diz adolescente
A adolescente de 15 anos que admitiu ter matado o soldado Jaílson disse que estava arrependida do que fez. Em entrevista à Inter TV Cabugi no dia 31 de março, logo após ser apreendida e ouvida pela polícia, a garota também confessou ter participado de vários assaltos naquela noite. "Foi a minha primeira vez de atirar. "Tô arrependida", contou.

Para a mãe, apesar da confissão do assassinato, a adolescente assumiu um crime que não cometeu. "Está assumindo algo que não fez porque é menor de idade", diz. Mãe de outros quatro filhos, ela conta que ficou sabendo do envolvimento da filha na morte do policial apenas na segunda, quando a adolescente foi apreendida.
"Fiquei muito chocada e magoada. Nunca quis ver minha filha nessa situação. Recebi a ligação do escrivão da delegacia. Já tinha visto a reportagem sobre a morte. Ele era um pai de família", afirma. A mulher acrescenta que ao chegar à delegacia, encontrou a garota machucada. "Estava com a boca inchada. Soube que bateram muito nela", afirma.

Depois de liberada, a filha dormiu na casa da mãe, na zona Oeste. De lá, a adolescente teria ido para a casa do pai, com quem mora no bairro Guarapes. Agora, ela estaria na casa de um tio, conforme relata a mãe. "Estava muito assustada, veio para casa comigo. Mas, no dia seguinte, disse que ia uma buscar uma roupa na casa de uma amiga e foi para a casa do pai. Depois soube que ele deixou a menina na casa de um irmão. Liguei para o delegado nervosa, mas ele me disse que no dia da audiência com o juiz vão buscar ela", conta a mãe.

A mãe morava junto com o pai da adolescente com os cinco filhos, mas deixou a casa há dois meses. Na separação, a filha decidiu morar com o pai. "Ela nunca gostou de ficar comigo porque fico muito em cima dela - por causa dessas amizades erradas. Ficou perdida", concluiu a mãe da adolescente de 15 anos.
Postagem Anterior Próxima Postagem