Defesa de tenente vai ingressar com Habeas Corpus...

A defesa do tenente Iranildo Félix vai recorrer da decisão de prisão preventiva. O advogado Marcus Alânio, declarou que nestes próximos dias vai dar entrada com pedido de habeas corpus requerendo a liberdade do cliente. Iranildo teve prisão temporária  convertida em preventiva na tarde de hoje, em decreto assinado pela juíza Gabriella Edvanda Marques Félix, da 3ª Vara Criminal. 

Para o advogado há “falta de absoluta fundamentação no decreto de prisão”. “Não foi nem o juiz titular da vara que expediu a decisão. Foi um tempo curto demais para análise, e só foi chancelada por vontade acusatória e punitiva”, diz, acrescentando que irá somar ao argumento o histórico de comportamento do tenente “de conduta ilibada”. A defesa permanece na declaração de inocência do suspeito. 

Preso em março por suspeita de matar o lutador de MMA Luiz de França Trindade, de 25 anos, crime no dia 10 fevereiro, Iranildo Félix estava detido no quartel do Comando Geral da Polícia Militar, no Tirol. Solto na madrugada desta quinta-feira, 22, o tenente voltou a ser procurado pela Polícia Civil, que fez diligência para capturá-lo, devido à preventiva. 

Com menos de 24h em liberdade, o tenente se apresentou ao Comando Geral da PM, no Tirol, por volta das 16h40 de ontem, onde deve ficar preso até julgamento, com prazo máximo até 180 dias. Ele só poderá ser liberado mediante decisão judicial. O soldado da PM Moisés Gonçalo do Nascimento segue detido no comando da PM por suspeita de participação no homicídio,

Segundo coronel Francisco Araújo, comandante geral da PM, com o decreto de prisão preventiva, será aberta uma  investigação para definir se Iranildo Félix continua como tenente na corporação da PM. A Polícia Civil e o Tribunal de Justiça questionam o dia de liberação do tenente. Eles alegam que a prisão temporária expirava às 23h59 desta quinta-feira, dia 22 de maio. A liberação ocorre automaticamente, ao término do prazo real. Segundo a juíza, Gabriella Félix, a responsabilidade da liberação antes do previsto recairá sobre o Comando Geral da PM, após averiguação e investigação do Ministério Público.

Esse trabalho está sendo realizado pelo promotor que denunciou o tenente Iranildo, Edevaldo Alves, da Procuradoria de Investigação Criminal. Até lá, a Justiça aguardará o parecer do MPE para seguir com a responsabilização.

Para o delegado da Deicor, Odilon Teodósio, a liberdade do tenente apresentava um risco às testemunhas e aos investigadores. Ele comandou durante o dia de ontem duas equipes da Polícia Civil e uma do Bope em busca do tenente.  A Polícia Militar entende que não houve falha na liberação só suspeito. Segundo Coronel Araújo, a prorrogação do mandado de prisão temporária foi expedido no dia 22 de abril e, com isso, os 30 dias seriam finalizados na quarta-feira, 21.  “Entendemos que, pelas datas verificadas, tanto da data da prorrogação da temporária quanto da liberação, os 30 dias já foram cumpridos. Não vemos falha por parte da PM, até porque não fomos notificados sobre a decretação da prisão preventiva”, disse coronel Araújo.
Tribuna do Norte
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