Natalense fica três horas sem ônibus...


Após a segunda paralisação surpresa do serviço de transporte em uma semana, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) decidiu notificar e multar os ônibus que bloquearam vias e deixaram de circular durante a tarde de ontem na cidade de Natal. Das 14h às 17h, veículos de diversas linhas foram estacionados em dois pontos de tráfego intenso: viaduto da Urbana nas Quintas (entre as avenidas Bernardo Vieira e Felizardo Moura) e nos arredores da praça Augusto Severo, na Ribeira. 

Por três horas, usuários ficaram à mercê de uma paralisação de ônibus que tinha como motivo ‘uma queda de braço’ entre os grupos que disputam poder no Sindicato dos Profissionais do Transporte Rodoviário (Sintro). A parada, decisão de trabalhadores que fazem oposição ao Sindicato dos Profissionais do Transporte Rodoviário (Sintro), revoltou a maioria dos passageiros. 

O diretor de fiscalização de transporte da Semob, Rogério Leite, afirma que os veículos e empresas serão multados por bloqueio de via pública (infração gravíssima) e descumprimento das ordens de serviço operacional – por terem deixado de circular. O coordenador não soube especificar o valor da multa nem a quantidade de veículos a serem notificados. A secretaria tem 30 dias para avisar as empresas sobre as devidas penalidades.

Para identificar esses veículos, Leite disse que 12 agentes estiveram na paralisação da Ribeira e outros 10 próximo ao viaduto da Urbana. Porém, durante a passagem da reportagem nesses locais (das 14h30 às 15h00 na Ribeira e das 15h20 às 16h30 nas Quintas) nenhum fiscal de trânsito foi visto.

Os participantes da paralisação disseram que o motivo é cobrar mais celeridade nas negociações de reajuste salarial. O presidente do Sintro, Nastagnan Batista, diz que o momento não é de parar os ônibus, já que as propostas dos empresários aos pedidos de reajuste de 16% e vale alimentação de R$ 450 serão apresentadas na próxima segunda e hoje haverá assembleia para apresentar resultado das negociações feitas ontem. Da área social, pede-se a garantia de que cobradores não serão demitidos para criar novos cargos de dupla-função (motorista e cobrador).
Tribuna do Norte
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