PM potiguar está à beira do colapso com o déficit de 4,5 mil no efetivo, diz Associação...


Polícia Militar do estado tem 4,5 mil vagas não preenchidas e situação é considerada grave pela ACSPMRN


Por Paulo de Sousa
Efetivo contará com 600 policiais (Alberto Leandro)
Déficit na tropa chega a cerca de 4,5 mil policiais (Foto: Alberto Leandro)
Na opinião do soldado PM Roberto Campos, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar no Rio Grande do Norte (ACSPMRN), o déficit de cerca de 4,5 mil policiais no efetivo da PM potiguar está levando a corporação a um colapso. “Sem a convocação do efetivo extra, tirando da folga e pagando diária operacional, não dá para intensificar o policiamento como estão anunciando”.
Por lei, o efetivo da PM do RN deveria ser de 13.466 policiais. Contudo, segundo informações do Comando da corporação, há apenas 8.950 disponíveis. Sobram 4.516 vagas não preenchidas na tropa.
Roberto Campos lembra que o último concurso realizado para a PM potiguar aconteceu em 2005. “Desde então, muitos foram convocados. No entanto, muito mais foram para a reserva ou exonerados. Estamos à beira de um colapso”, alerta.
Segundo o presidente da ACSPMRN, quando os policiais que estão no serviço normal são deslocados para fazer barreiras policiais nos ônibus ou reforçar o patrulhamento nas áreas de bares e restaurantes, como foi anunciado recentemente pela cúpula da Segurança do Estado, o policiamento dos bairros fica descoberto.
“Quando há grandes operações, com a formação de barreiras, são as viaturas dos bairros que são deslocadas para essas ações. As principais vias da cidade são monitoradas, mas os bairros ficam descobertos”, ressalta Roberto Campos.
Necessidade de completar efetivo
O comandante da PM potiguar, o coronel PM Francisco Araújo Silva, admite que há um déficit no efetivo da corporação e vê a necessidade de se completar o número de policiais nas ruas com o emprego do efetivo em serviço extra.
“Sempre que precisamos completar o efetivo em grandes eventos, como foi na Copa do Mundo e será na realização das eleições, convocamos policiais do serviço administrativo e que estão de folga para reforçar o policiamento, pagando diárias operacionais”, explica.
Ele diz não saber quando será possível promover concursos para o preenchimento das vagas existentes na PM potiguar. “Isso depende das condições financeiras do governo estadual”.
O coronel Araújo ainda garante que o emprego do efetivo nas barreiras policiais e reforços nas áreas de interesse turístico é feito de forma inteligente. “Na verdade, estamos adequando a tropa de forma inteligente, empregando o policiamento onde está havendo maior necessidade. Quando o policial está fazendo as barreiras, ele está dando segurança à população que está indo trabalhar e coibindo a ação dos assaltantes. Da mesma forma é a ação nos bares e restaurantes, pois quem está nesses estabelecimentos consumindo é a própria população”.
Atualizado em 22 de agosto às 18:35
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