Internado após surto, tenente não deve comparecer à oitiva...

O juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Natal deve começar a ouvir, a partir das 9h de hoje, 9, as 13 testemunhas arroladas na ação penal em que o tenente da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Iranildo Félix de Souza, é acusado do assassinato a tiros do lutador de MMA e professor da Academia Alta Performance, Luiz de França de Souza Trindade, crime ocorrido na manhã de 10 de fevereiro deste ano, em frente à academia, no Cidade Satélite. 
Valdir JuliãoAdvogado George Souza faz a defesa do tenente Iranildo FélixAdvogado George Souza faz a defesa do tenente Iranildo Félix

A oitiva de oito testemunhas arroladas pelo Ministério Público e cinco arroladas pela defesa pode terminar não ocorrendo, porque é necessária a presença do acusado, que hoje se encontra internado na Clínica Santa Maria, em Neópolis, depois de um surto psicótico na sexta-feira (5), na cela onde estava preso, no quartel do Comando da Polícia Militar, no Tirol.

O advogado de defesa, George Clemenson e Silva de Souza confirmou que aguarda decisão do juiz Ricardo Procópio Bandeira de Melo, sobre o pedido de instauração de incidente de insanidade mental feito à Justiça. George Souza disse que o pedido não tem intuito de protelar as oitivas, vez que o seu cliente compareceu a todos os atos do inquérito para o qual foi convocado, até a decretação de sua prisão preventiva. Mas o tenente já vinha passando por tratamento de saúde há um ano e meio, tendo obtido licenças por parte da Junta Médica da PM. “A tendência era o quadro piorar, como de fato ocorreu”, disse.

George de Souza informou, ainda, que está defendendo o tenente Iranildo Félix de Souza em outros dois processos, no que ele foi indiciado por porte ilegal de armas e em outro, no qual ele aparece como vítima, mas tramita em segredo de justiça na Comarca de Macaíba, relacionado ao assassinato da ex-mulher Izânia Maria Bezerra Alves, 31, no domingo (16/2).

George de Souza afirma que como seu cliente foi intimado, se não houver despacho sobre o incidente de insanidade mental, vai comparecer em juízo, na manhã hoje, como representante do acusado. Segundo ele, pelo Código de Processo Penal (CPP), a justiça pode nomear os peritos, que também podem ser do Itep, e determinar um prazo de 45 dias para apresentação de um laudo sobre a sanidade mental do seu cliente. 

O advogado não soube dizer a razão, mas confirmou que o outro acusado de envolvimento no homicídio do professor Luiz de França, o soldado da PM, Moisés Gonçalo do Nascimento, foi trazido de Currais Novos (estava preso no quartel do pelotão da PM) para Natal. A advogada do soldado, Kátia Nunes, explicou que há dez dias Gonçalo teve um surto psicótico. Veio para atendimento no Hospital João Machado e, depois, foi para a Casa de Saúde Natal.
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