Sem energia nas celas, presos são colocados em quadra de cadeia no RN

Penitenciária Estadual de Parnamirim também enfrenta surto de tuberculose. Direção diz que sobrecarga causou curto-circuito nas celas há um mês.



Os detentos da Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), na Grande Natal, estão transitando livremente entre o pátio e as celas há cerca de um mês. Devido a um problema nos disjuntores, a direção do presídio cortou o fornecimento de energia elétrica às celas. Com o calor, a única solução negociada entre a direção e os presos foi liberar a circulação neste espaço. As informações são da Comissão dos Advogados criminalistas da OAB/RN.

Uma comitiva da Comissão visitou a penitenciária e fez fotos e vídeos dentro da instituição. Pelas imagens pode se constatar a precariedade da infraestrutura da penitenciária. Com capacidade para 540 detentos, a superlotação é de mais de 200 pessoas. As celas, projetadas para receber 8 detentos, são ocupadas por 12, em média.
Além da superlotação, a penitenciária enfrenta um novo problema: 16 presos foram diagnosticados com tuberculose recentemente. Agentes penitenciários trabalham com máscaras, a fim de evitar o contágio.

A situação torna-se mais crítica com a ausência de médico: há mais de um mês os presos não recebem atendimento, pois o posto de saúde que funcionava regularmente dentro da unidade está com os serviços paralisados.

As informações são de que durante o período em que o posto funcionou, havia atendimento médico de segunda a sexta, a exceção da quarta-feira (dia das visitas íntimas), e detentos de outras penitenciárias foram atendidos na unidade. O surto de tuberculose teria começado neste momento de trânsito de apenados.

Fonte: G1/RN
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