Criança tem braço preso em porta de BRT e viaja pendurada; entenda.

Motorista teria se recusado a abrir a porta para soltar a menina.
Ele fugiu sem prestar socorro ao parar na estação seguinte.


Uma criança de 6 anos viajou entre duas estações do BRT com o corpo pendurado para fora do veículo na noite desta quinta-feira (9) na Zona Norte do Rio. De acordo com a mãe da menina, ela ficou com o braço preso na porta, que foi fechada pelo motorista antes do desembarque de todos os passageiros e se recusou a abrí-la novamente, mesmo sendo alertado de que havia uma criança presa. O caso foi registrado na 21ª DP (Bonsucesso).

De acordo com a atendente Jéssica Florêncio, de 23 anos, a filha, Jenifer, estava com a avó quando ocorreu o incidente na estação da Maré. “Minha mãe estava de mãos dadas com a minha filha e o meu sobrinho. Quando eles foram desembarcar, ela segurou a mão da Jenifer para ela pular o vão entre o BRT e a plataforma e o motorista fechou a porta. Todo mundo começou a gritar para o motorista abrir, mas ele disse que só podia abrir a porta de novo na outra estação e arrancou”, contou.

Segundo Jéssica, a mãe dela viveu momentos de desespero. “Ela ficou segurando a mão da minha filha dentro do BRT. Foi o que manteve a Jenifer presa, senão ela tinha caído. O motorista arrastou a minha filha até a estação do Fundão”, disse.

Ao parar o coletivo, o motorista pegou a mochila e abandonou o coletivo. “Os passageiros estavam revoltados e ele saiu correndo e entrou num ônibus, deixando minha filha sem socorro. Na estação, um fiscal do BRT só perguntou o que aconteceu, mas não fez nada para ajudar”, destacou.
Ainda segundo Jéssica, a filha não sofreu nenhum ferimento aparente, mas seria encaminhada a um hospital. “Ela está muito nervosa. Minha mãe contou que ela gritava o tempo todo que iria morrer. O braço dela ficou vermelho e inchado e ela reclama de muitas dores”, relatou a mãe.

Na 21ª DP, Jessica foi informada de que o motorista se apresentou na 64ª DP (São João de Meriti), onde prestou depoimento e foi liberado.

Em nota, o Consórcio BRT disse que "a atitude do motorista não condiz com a postura que se espera dos profissionais que atuam no sistema" e afirmou que pediu o afastamento dele à empresa consorciada. O comunicado destacou que a menina e a família receberão suporte e que apoiará o trabalho da polícia na investigação do caso.

Fonte: g1
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