Moradores da grande Fortaleza-CE enfrentam 24 horas de pânico com 11 assassinatos

Uma sequência de 11 crimes de mortes, em menos de 24 horas, na madrugada dessa quinta-feira, em Bairros da Grande Messejana, em Fortaleza, abala moradores e muda a rotina da população. A polícia trabalha com três linhas de investigação: represália pela morte de um policial, vingança pelo assassinato de um ex-presidiário ou envolvimento de vítimas com o tráfico e consumo de drogas.
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O silêncio impõe o medo entre moradores das áreas afetadas pela onda de crimes. Lideranças comunitárias preparam manifestações cobrando resultados das investigações e dizem que, entre os assassinatos, tinha jovens inocentes.

A chacina mobilizou a cúpula da segurança pública no Ceará. O secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Delci Teixeira, se reuniu na noite dessa quinta-feira com os comandantes da Polícia Militar e da Polícia Civil e os responsáveis pelas investigações das 11 mortes ocorridas na madrugada na região da Grande Messejana.

A Secretaria da Segurança Pública determinou prioridade na apuração das circunstâncias dos homicídios. De acordo com a Secretaria de Segurança, equipes da Polícia Civil, por meio da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), da Unidade Tático Operacional (UTO) da Divisão Antissequestro (DAS) e dos 6º e 35º Distritos Policiais, além de agentes da inteligência, intensificaram investigações na região.

O Secretário de Segurança, Delci Teixeira, designou Policiais Militares do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), do Batalhão de Policiamento de Rondas de Ações e Intensivas e Ostensivas (BPRaio) e do Policiamento Ostensivo Geral (POG) para realizar ações de saturação na área e dar mais tranquilidade aos moradores da Grande Messejana.

A Polícia trabalha com algumas linhas de investigação: entre elas, a prisão, na última terça-feira (10) de Carlos Alexandre Alberto da Silva (38), vulgo ‘Castor’, que possui antecedentes criminais por tráfico de drogas, porte e posse ilegal de arma de fogo, ameaça, homicídios, tentativa de homicídio, e estava com três mandados de prisão em aberto. Ele portava um fuzil e uma pistola utilizados em uma chacina ocorrida na “Comunidade Cinquentinha”. O preso teria ordenado a morte dos seus delatores.

Outra linha de investigação aponta para retaliação pela morte do traficante Lindemberg Vieira Dias, morto na última quarta-feira, um dia após deixar o sistema penitenciário.

Com relação ao homicídio do soldado da Polícia Militar, Walterberg Chaves Serpa, na noite de quarta-feira (11), na Lagoa Redonda, o caso está sendo investigado para averiguar a hipótese de alguma relação com as mortes da madrugada. A população pode realizar denúncias para auxiliar o trabalho da Polícia pelos telefones 181 ou 190.



Fonte: cearaagora
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