Paulo de Tarso classifica greve dos servidores como "inútil" e "inócua"...

Chefe do Gabinete Civil do RN disse que governo não tem como pagar reajustes previstos nos Planos de Cargos e Salários aprovados em 2010.

Por Alisson Almeida
Foto: Elpídio Júnior
Paulo de Tarso Fernandes, secretário-chefe do Gabinete Civil do RN.
O secretário-chefe do Gabinete Civil do Governo do Estado, Paulo de Tarso Fernandes, classificou como "inútil" e "inócua" a greve deflagrada por vários segmentos do funcionalismo público do Rio Grande do Norte.

A declaração foi dada em entrevista, nesta terça-feira, a uma emissora local de televisão. "Greve não fabrica dinheiro", disparou o secretário.

Paulo de Tarso reiterou que o governo não tem como conceder aumentos neste momento, porque, se o fizesse, entraria em choque com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

"O governo não vai ser irresponsável, como foram aqueles que prometeram, mas não disseram como iriam fazer para pagar os aumentos prometidos", afirmou, referindo-se à ex-governadora Wilma de Faria (PSB) e ao ex-governador Iberê Ferreira de Sousa (PSB), a quem responsabilizou pela aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários de 14 categorias de servidores públicos.

A lista de categorias em greve inclui professores, policiais civis, técnicos da Tributação e servidores do Detran e da Emater. Além deles, servidores da Jucern (Junta Comercial do RN), Idema e Centrais do Cidadão e os professores da UERN estão prestes a cruzar os braços.

Em reunião com o secretariado, ontem à noite, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) deu a ordem para seus auxiliares reduzirem os gastos e responsabilizou as gestões anteriores pela suposta crise financeira em que o estado se encontra.

Rosalba afirmou que o herdou dos seus antecessores 16 planos de Cargos e Salários, mas sustentou que não há recursos para conceder os referidos reajustes.

Paulo de Tarso disse que o governo tem consciência que o orçamento de 2011 é "inexequível e fantasioso" e que "as receitas previstas não estão se confirmando".

"Temos que ser realistas e redesenhar o orçamento. É preciso ver as prioridades e fazer corte de gastos. O governo está tentando salvar os planos de cargos e salários, mas há o obstáculo da Lei de Responsabilidade Fiscal e a dificuldade financeira do estado, porque as receitas não têm correspondido às previsões de arrecadação", pontuou.

O secretário criticou diretamente o ex-governador Iberê, afirmando que o peessebista estava "sofismando" ao dizer que a gestão atual "não valoriza os servidores públicos".

"O governo atual não culpa o anterior pelos planos [de cargos e salários], mas questiona o que o ex-governador Iberê Ferreira fez para assegurar os recursos para pagar esses planos. O ex-governador Iberê, reiteradamente, descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas a governadora Rosalba Ciarlini não vai fazer isso".

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