Sinpol faz acusações contra o Governo do Estado...


A presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Simpol/RN), Vilma Marinho apresentou, nesta quinta-feira (9) denúncia alegando que o governo teria aprovado solicitação de verba suplementar, no valor de R$ 594 mil para os procuradores da Procuradoria Geral do Estado. A verba seria destinada para o auxílio moradia e auxilio transporte.

A denúncia faz referência a reunião realizada no dia 10 de maio, na qual foi aprovação por unanimidade a abertura de crédito suplementar para atender ao processo 87622/2011-PGE. De acordo com Vilma Marinho, o valor de R$ 594.032,00 seria dividido entre os procuradores do estado, e incluindo na folha de pagamento do Estado, ainda este ano.

A verba seria destinada para a manutenção e funcionamento da Procuradoria Geral do Estado. No entanto, segundo Vilma Marinho, o referido processo da PGE, a verba destina-se ao pagamento da parcela autônoma de equivalência aos procuradores do RN, o que para ela é usado para encobrir o auxílio paletó.

Vilma defende ainda que há contradição por parte do governo, uma vez que a administração estadual alega não ter dinheiro para atender as reivindicações da categoria. "Como não há verba para atender as nossas reivindicações, principalmente no que se refere ao plano de carfos e salários e aprova a liberação desse montante para os magistrados do estdado?", questionou Vilma.

Denúncia criminosa é retaliação por pedido de ilegalidade da greve, diz Procurador-Geral

O procurador-geral do Estado, Miguel Josino, mostrou-se indignado com denúncias do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) feitas na manhã desta quinta-feira, 9. Para ele, as declarações dos agentes e escrivães são "caluniosas, falsas e criminosas". "Abro mão de todos os meus sigilos para provar que não recebi um centavo. As denúncias são uma forma de retaliação porque pedi a ilegalidade da greve da categoria", disse o procurador-geral no final da manhã de hoje.

Josino ressaltou a necessidade de transparência e se colocou a disposição do Ministério Público Estadual para quaisquer indagações. "É meu dever como servidor prestar esclarecimentos. Estou à disposição do MP caso seja necessário", afirmou.

Ele reiterou a visão sobre a motivação da denúncia. "Exerci minha atividade institucional pedindo a ilegalidade da greve. Dos oito pontos da pauta, nos propusemos a cumprir imediatamente seis deles. E a proposta não foi aceita".

Ao classificar as declarações do Sinpol como irresponsáveis, o procurador-geral reconheceu a aprovação do crédito suplementar. "Aprovado não significa implementado. A aprovação foi um pleito da Associação dos Procuradores, da qual faço parte, e o direito já foi garantido pelo STF e pelo CNJ", argumentou.

Josino explicou que o valor apontado pelo Sinpol de R$ 594 mil faz referência a um pagamento atrasado que todos os procuradores e promotores de Justiça do país têm direito. Ele acrescentou a informação de que os magistrados da PGE são impedidos por lei de receber auxílio transporte e auxílio moradia.

O pedido da ilegalidade da greve da Polícia Civil ocorreu na terça-feira passada. Na oportunidade, Miguel Josino Neto disse que, por determinação da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) estaria sendo suspenso o pagamento dos salários dos agentes e escrivães da Polícia Civil, paralisados desde o dia 17 de maio.

FONTE: DN online e Tribuna do Norte

Postado por SD Glaucia
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