Um fato no mínimo inusitado surpreendeu os policiais que atuam na 9ª
Delegacia de Polícia, em Panatis, zona Norte de Natal: a prisão do
auxiliar de serviços gerais Erenilson Bernardo Pereira da Silva, 22
anos, autuado em flagrante delito pelo roubo de armas e munições do
cartório da própria DP.
Erenilson Silva (destaque) ganhou confiança dos policiais e disse que começou roubando munições
Erenilson da Silva disse que trabalhava como asg na 9ª DP há sete meses, desde novembro do ano passado, como empregado da prestadora de serviços Clarear. Ele declarou que começou roubando munições, mas devido o "dinheiro fácil" e porque receberia mais por isso, passou a roubar armas, "pelo menos umas sete", na lembrança dele.
Silva informou que algumas chaves, como a do cartório, ficavam em cima do birô e achou facilidade para entrar, depois que fazia o seu trabalho de limpeza. Uma arma, que era vendida por R$ 600,00, ele ficava com R$ 500,00 e o amigo dele, Rafael Conceição Martins, ficava com R$ 100,00, como fruto da venda.
Agora, ele se diz arrependido, pois é casado, tem filho, irmão e mãe, o padrasto morreu há alguns meses e tem apenas o pai biológico, que é separado da mãe. "Diziam que seu eu caísse na cadeia ia mofar lá", recordou.
O delegado Fernando Alves disse que começou a identificar o roubo dos estoques das munições das delegacias, tendo o asg confessado o roubo das munições e depois se descobriu que estava furtando as armas acauteladas na delegacia. "Descobrimos depois que ele, a partir daí, fornecia armas e munições para um grupo bem maior na zona Norte e que se tratava de uma rede criminosa, responsáveis por tráfico de drogas, roubos e outros crimes praticados aqui na área da 9ª DP".
O delegado Alves mostrou que foram encontradas com ele, ainda, 100 cápsulas de metralhadoras, drogas, dinheiro e uma motocicleta roubada. O delegado disse que "o asg abusou da confiança da Polícia, enganou a empresa para a qual prestava serviço e a si próprio, por achar que passaria desapercebido e que um dia não ia ser preso por um crime tão premeditado quanto esse".
O asg roubou a última arma de segunda para terça-feira (ontem), tendo um agente, que se identificou como Maia, dito que a única pessoa que tivera acesso ao local havia sido justamente o asg, daí começou-se a interrogá-lo e logo em seguida Erenilson confessou o crime.
O asg Erenilson Bernardo Pereira da Silva trabalhava na empresa prestadora de serviço Clarear e era asg na 9ª DP, em Panatis, há apenas sete meses. A partir daí, ganhou a confiança dos policiais e, como circulava no interior da Delegacia fazendo limpeza, tinha acesso ao cartório onde eram guardadas armas apreendidas e de procedimentos da Polícia.
Através de investigações e da confissão dele, que começou roubando munição e, "pela facilidade", com que consegui as chaves do local, passou a roubar armas, de dez que foram furtadas, o delegado Fernando Alves disse que recuperou cinco, sendo uma pistola 380 e quatro revolveres 38, além de munições e dois pentes de pistola, três celulares, um cofrinho de moedas, dinheiro em espécie e 151 pedras de crack. As armas que o asg retirada da 9ª DP eram repassadas a Rafael Conceição Martins, que vendia a traficantes e assaltantes, ele ficara com uma parte do dinheiro e a maior parte ia para o ASG.
Rafael Martins disse que já foi preso, e foi liberado no mesmo dia, pela participação num assalto aos Correios de Jardim de Angicos, há dois anos. Outro preso, Roberto Carlos Alves Santos, 29 anos, é, segundo a polícia, foragido do regime semiaberto. Também foram detidos para investigações Jackson Patrício Gomes da Silva, 18; Wellintgon Rodrigues Regio, 21; Diógenes Bores Barreto, 30; Kleiton Pinheiro Fernandes, 24; um menor de 17 aos apreendido; Josivan da Paz Silva, 27; Wellington Douglas Pereira da Silva, 22.
Para delegado, ASG aproveitou descuido
O delegado Fernando Alves admitiu que existe uma deficiência estrutural na 9ª DP, em Panatis, mas apesar de surpreendido com o roubo de armas e munições do seu próprio cartório, disse que o fato mais importante é que a prisão do asg Erenilson Bernardo Pereira da Silva, 22, que fazia a limpeza da própria delegacia, serviu para desbaratar uma quadrilha que vinha atuando com roubo e tráfico de drogas dentro da Zona Norte.
Não existe uma certa fragilidade onde se guarda essas armas?
Olhe, o que acontece é o seguinte: a nossa delegacia tem uma deficiência estrutural que já é de conhecimento público. É de conhecimento da sociedade e dos meios de comunicação. Nós pecamos aqui por uma falta de estrutura, agora, nós estamos fazendo o possível com essa estrutura disponível. Temos aí toda uma responsabilidade de nossos funcionários e de nossos policiais em manter essas armas e munições o mais segura possível. Ele se aproveitou de um descuido, fez uma chave, provavelmente copiou e, sorrateiramente, acabou como um criminoso profissional.
A ocorrência é uma coisa inédita dentro de delegacia. Isso não expõe o sistema de segurança pública, um fato desse ocorrer numa delegacia?
Olhe, não existem males que não venham para o bem. É a primeira vez na minha vida policial que eu constatei um fato desse. Agora, o importante é que ao constatar esse fato, de imediato nós tomamos as providências cabíveis, e a partir desse fato conseguimos desbaratar uma rede criminosa, e pra mim isso é o mais importante.
Fonte: Tribuna do Norte
Erenilson Silva (destaque) ganhou confiança dos policiais e disse que começou roubando muniçõesErenilson da Silva disse que trabalhava como asg na 9ª DP há sete meses, desde novembro do ano passado, como empregado da prestadora de serviços Clarear. Ele declarou que começou roubando munições, mas devido o "dinheiro fácil" e porque receberia mais por isso, passou a roubar armas, "pelo menos umas sete", na lembrança dele.
Silva informou que algumas chaves, como a do cartório, ficavam em cima do birô e achou facilidade para entrar, depois que fazia o seu trabalho de limpeza. Uma arma, que era vendida por R$ 600,00, ele ficava com R$ 500,00 e o amigo dele, Rafael Conceição Martins, ficava com R$ 100,00, como fruto da venda.
Agora, ele se diz arrependido, pois é casado, tem filho, irmão e mãe, o padrasto morreu há alguns meses e tem apenas o pai biológico, que é separado da mãe. "Diziam que seu eu caísse na cadeia ia mofar lá", recordou.
O delegado Fernando Alves disse que começou a identificar o roubo dos estoques das munições das delegacias, tendo o asg confessado o roubo das munições e depois se descobriu que estava furtando as armas acauteladas na delegacia. "Descobrimos depois que ele, a partir daí, fornecia armas e munições para um grupo bem maior na zona Norte e que se tratava de uma rede criminosa, responsáveis por tráfico de drogas, roubos e outros crimes praticados aqui na área da 9ª DP".
O delegado Alves mostrou que foram encontradas com ele, ainda, 100 cápsulas de metralhadoras, drogas, dinheiro e uma motocicleta roubada. O delegado disse que "o asg abusou da confiança da Polícia, enganou a empresa para a qual prestava serviço e a si próprio, por achar que passaria desapercebido e que um dia não ia ser preso por um crime tão premeditado quanto esse".
O asg roubou a última arma de segunda para terça-feira (ontem), tendo um agente, que se identificou como Maia, dito que a única pessoa que tivera acesso ao local havia sido justamente o asg, daí começou-se a interrogá-lo e logo em seguida Erenilson confessou o crime.
O asg Erenilson Bernardo Pereira da Silva trabalhava na empresa prestadora de serviço Clarear e era asg na 9ª DP, em Panatis, há apenas sete meses. A partir daí, ganhou a confiança dos policiais e, como circulava no interior da Delegacia fazendo limpeza, tinha acesso ao cartório onde eram guardadas armas apreendidas e de procedimentos da Polícia.
Através de investigações e da confissão dele, que começou roubando munição e, "pela facilidade", com que consegui as chaves do local, passou a roubar armas, de dez que foram furtadas, o delegado Fernando Alves disse que recuperou cinco, sendo uma pistola 380 e quatro revolveres 38, além de munições e dois pentes de pistola, três celulares, um cofrinho de moedas, dinheiro em espécie e 151 pedras de crack. As armas que o asg retirada da 9ª DP eram repassadas a Rafael Conceição Martins, que vendia a traficantes e assaltantes, ele ficara com uma parte do dinheiro e a maior parte ia para o ASG.
Rafael Martins disse que já foi preso, e foi liberado no mesmo dia, pela participação num assalto aos Correios de Jardim de Angicos, há dois anos. Outro preso, Roberto Carlos Alves Santos, 29 anos, é, segundo a polícia, foragido do regime semiaberto. Também foram detidos para investigações Jackson Patrício Gomes da Silva, 18; Wellintgon Rodrigues Regio, 21; Diógenes Bores Barreto, 30; Kleiton Pinheiro Fernandes, 24; um menor de 17 aos apreendido; Josivan da Paz Silva, 27; Wellington Douglas Pereira da Silva, 22.
Para delegado, ASG aproveitou descuido
O delegado Fernando Alves admitiu que existe uma deficiência estrutural na 9ª DP, em Panatis, mas apesar de surpreendido com o roubo de armas e munições do seu próprio cartório, disse que o fato mais importante é que a prisão do asg Erenilson Bernardo Pereira da Silva, 22, que fazia a limpeza da própria delegacia, serviu para desbaratar uma quadrilha que vinha atuando com roubo e tráfico de drogas dentro da Zona Norte.
Não existe uma certa fragilidade onde se guarda essas armas?
Olhe, o que acontece é o seguinte: a nossa delegacia tem uma deficiência estrutural que já é de conhecimento público. É de conhecimento da sociedade e dos meios de comunicação. Nós pecamos aqui por uma falta de estrutura, agora, nós estamos fazendo o possível com essa estrutura disponível. Temos aí toda uma responsabilidade de nossos funcionários e de nossos policiais em manter essas armas e munições o mais segura possível. Ele se aproveitou de um descuido, fez uma chave, provavelmente copiou e, sorrateiramente, acabou como um criminoso profissional.
A ocorrência é uma coisa inédita dentro de delegacia. Isso não expõe o sistema de segurança pública, um fato desse ocorrer numa delegacia?
Olhe, não existem males que não venham para o bem. É a primeira vez na minha vida policial que eu constatei um fato desse. Agora, o importante é que ao constatar esse fato, de imediato nós tomamos as providências cabíveis, e a partir desse fato conseguimos desbaratar uma rede criminosa, e pra mim isso é o mais importante.
Fonte: Tribuna do Norte