A
notícia do não pagamento do subsídio aos inativos e pensionistas da
Polícia Militar do Rio Grande do Norte na folha do mês de julho,
conforme determinado pela Lei Complementar 463/2012, causou tristeza e
indignação entre a categoria. Eles devem se reunir na próxima
terça-feira para discutir o fato e decidir uma posição perante o Governo
do Estado.
Segundo o secretário de
Comunicação Social do RN, Alexandre Mulatinho, o pagamento ao grupo será
feito em parcelas, nos próximos meses, pois o Governo ainda estuda
formas para cumprir a norma, sancionada em janeiro passado.
No entanto, o presidente da
Associação dos Policiais Militares Inativos e Pensionistas do Rio Grande
do Norte (Aspipern), sargento Fernando Filgueira, afirmou que muitos já
foram afetados pelo medo e pela insegurança quanto ao cumprimento dos
pagamentos, principalmente no interior do Estado, onde está a maioria
dos associados. Alguns, com problemas de saúde, precisaram receber
atendimento médico.
“Desde a divulgação da notícia,
ontem, que recebo ligações de associados de todos os cantos do Estado,
desde Mossoró até Pau dos Ferros, nervosos e querendo saber se isso é
verdade. Estão todos temerosos com um possível não pagamento do subsídio
para a categoria, que já sofreu muito lutando para garantir a segurança
pública da nossa população e que hoje merece descanso e reconhecimento.
O subsídio é um direito nosso, porque trabalhamos e lutamos muito para
isso”, disse.
Filgueira disse que confia na
palavra dada pela governadora Rosalba Ciarlini, em maio de 2010, quando a
então pré-candidata ao Governo do Estado se comprometeu em aprovar a
lei que estabeleceria a remuneração através de subsídio, em parcela
única, a todos os policiais militares potiguares, de ativos a inativos e
pensionistas.
“Na época, Rosalba se mostrou
muito sensível ao que havíamos exposto e à nossa história de luta até
chegarmos aqui e conquistarmos um benefício que é o reconhecimento da
importância da corporação e de todos que a compõem. E é a esse espírito
demonstrado por ela que confiamos e esperamos uma solução para este
caso. Eu tenho certeza que a governadora vai cumprir tudo o que está na
lei, espero e confio que ela cumpra sua palavra”, afirmou Filgueira.
Ele também falou que a
categoria, confiante, soube esperar o tempo solicitado pela governante
para o equilíbrio das contas públicas. Mas, que agora, é hora de mostrar
o que está feito em prol dos inativos e pensionistas da Polícia Militar
no Estado. “Na época que entramos, era tudo muito difícil, não tínhamos
estrutura, viaturas, diárias operacionais, escala de trabalho, nada.
Mas, nunca esmorecemos em lutar para garantir a tranquilidade da
sociedade”, explicou.
FONTE: JORNAL DE HOJE
Postado CB Heronides