Marcos Dionísio Caldas, presidente do Conselho Estadual de Direitos
Humanos, afirma que o número de assassinatos na capital é bem maior que o
divulgado. De acordo com ele, o Conselho realizou um levantamento junto
ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) e constatou 308
homicídios ocorridos em Natal somente até 30 de setembro de 2012. A
diferença se dá em razão de vítimas que morrem nos hospital dias após a
ocorrência de atentados, o que não aparece na contabilidade da PM, que
registra apenas os homicídios constatados ainda no local do crime.
"Nós acreditamos que Natal atingirá uma triste marca: 2012 será o ano
mais violento, ultrapassando os 400 homicídios registrados em 2008",
declarou o presidente do Conselho de Direitos Humanos do RN.
Ainda de acordo com Dionísio, o número de assassinatos pode ser
atribuído à falta de políticas públicas para o lazer, saúde, habitação e
educação que, na opinião dele, evitaram o crescimento da
criminalização. "É desta forma policialesca que o Estado do Rio Grande
do Norte e o Estado brasileiro tratam a segurança pública", criticou.
Marcos Dionísio também diz que a impunidade motiva o crime. "Falta
investigação dos homicídios e com isso a identificação de seus
responsáveis", pontuou.
"Um indivíduo comete um assassinato e não recebe punição por isso. Ele se sentirá à vontade para cometer outro", afirmou Dionísio.
G1 RN
Blog: Cabo Heronides