Inquérito da PF aponta que PMs presos conseguiram sair de dentro do BOPE...


Mesmo sob prisão preventiva, policiais teriam deixado unidade pra encontrar outros suspeitos de integrarem grupo de extermínio.

Por Thyago Macedo
 
Foto: Divulgação / Polícia Federal
Policiais cumprindo mandados no dia da Operação Hecatombe.
O site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte disponibilizou, através de um dos processos dos suspeitos de integrarem um grupo de extermínio desarticulado pela Polícia Federal, informações sobre o inquérito policial. De acordo com o que foi publicado na página, consta nas investigações que dois policiais militares que estavam presos na sede do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) conseguiram sair de dentro da unidade, mesmo estando sob prisão preventiva.
Esses policiais seriam Wendel Fagner Cortez de Almeida e Rosivaldo Azevedo Maciel Fernandes. Os detalhes do inquérito publicados no processo, de número 01023160520138200002, revelam que os dois teriam saído de dentro da sede do BOPE, no dia 18 de julho, mesmo estando presos, e teriam ido ao encontro de outros dos suspeitos de integrarem o grupo de extermínio.
Está escrito no processo: “Os investigados demonstram que encontram apoio de outros comparsas, ainda não identificados pela investigação, dentro da própria Polícia Militar, conseguindo, inclusive, burlar a segurança de prisão preventiva, pois dois dos investigados que se encontravam presos lograram êxito em sair da unidade de custódia para visitar os membros da quadrilha. De fato, consta que em 18/07/2013, os investigados Wendel e Rosivaldo, que se encontravam presos cautelarmente, conseguiram transferência de Alcaçuz para o BOPE, e mesmo custodiados neste último órgão foram até a casa de ITAGIBÁ e ao restaurante Kaxambu procurando os membros da quadrilha, e por fim foram até a granja de ITAGIBÁ, onde finalmente conversaram com ITAGIBÁ, ERINALDA, ORLANDO, BAL, MOISÉS, MÁRIO SEVERIANO, EMERSON, FABIANO, DAMIÃO e VAQUEIRO”.
Tal reunião, ainda de acordo com o inquérito da PF, teria sido uma alerta para que os suspeitos fugissem antes de serem presos. Ainda publicado no processo, consta: “Na referida reunião Wendel teria informado que havia tomado conhecimento de que uma investigação da Polícia Federal estava prestes a ser deflagrada, com a prisão de todos os membros do grupo de extermínio, orientando que todos fugissem e eliminassem eventuais provas de crimes perpetrados”.
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