Por Beto Bello,
No VNT via Tribuna do Norte
Adriano Abreu
O estudo mostra o município de Pedro Velho entre os piores não só do
Estado, mas do paísO estudo mostra o município de Pedro Velho entre os
piores não só do Estado, mas do país
Nove em cada dez municípios potiguares estão emsituação fiscal difícil
ou crítica, ou seja, não administram os seus recursos de forma
satisfatória. A conclusão é da Federação das Indústrias do Rio de
Janeiro (Firjan), que divulgou ontem o Índice Firjan de Gestão Fiscal
(IFGF) 2013.
Segundo o estudo, que avaliou a gestão fiscal de 5.164 dos 5.563
municípios brasileiros em 2011, o Rio Grande do Norte é o quinto do país
que concentra o maior número de municípios nessa situação, ficando
atrás apenas de Sergipe, Paraíba e Pernambuco. A média de municípios em
situação fiscal difícil ou crítica no RN (92%) supera em 30 pontos
percentuais a média do país (62%) e é considerada preocupante pela
Firjan.
A Federação revelou ainda que 33 dos 143 municípios avaliados no estado
(21,4% do total) ficaram entre os 500 piores resultados do país, como
foi o caso de São Bento do Trairi e de Pedro Velho, penúltimo na lista
dos dez piores desempenhos do Brasil.
O município, que ficou com nota zero nos quesitos ‘Folha de Pessoal’ e
‘Liquidez’, não conseguiu quitar todas as dívidas no ano em que a
pesquisa foi realizada e gastou mais com a folha de pessoal do que aLei
de Responsabilidade Fiscal permitia.
Já Natal foi uma das duas capitais brasileiras com pior desempenho em
todo o país. A capital potiguar amargou o penúltimo lugar no ranking das
capitais brasileiras, por investir menos que o previsto.
“A posição de Natal pode ser explicada pelos investimentos que foram
muito baixos em 2011. Outro ponto negativo foi a questão da liquidez. O
município registrou incremento na receita própria, mas não conseguiu
pagar todas as dívidas”, observou o especialista de Desenvolvimento
Econômico da Firjan, Jonathas Goulart.
Segundo o especialista, o ideal seria que os municípios investissem mais
em infraestrutura e saneamento básico, por exemplo, e gastassem menos
com folha de pessoal. “O que todos esperam é que a Prefeitura supra as
necessidades da população, mas o estudo apontou que os municípios não
tem uma gestãofiscal eficiente, não tem uma gestão que contribua para o
desenvolvimento socioeconômico”.
A situação, segundo Jonathas Goulart, só irá mudar quando os municípios
passarem a fazer um planejamento financeiro eficiente, “para gastar o
mínimo possível com pessoal e juros das dívidas”.
A TRIBUNA DO NORTE tentou contato com a prefeitura de Pedro Velho,
através do telefone fixo, e com o prefeito de Natal, através da
assessoria de comunicação, para comentar a posição do município e da
capital mas não obteve retorno até o fechamento da edição.