'Situação é preocupante', diz policial sobre delegacia que teto caiu no RN...

Chefe de investigação diz que prédio tem vários problemas de estrutura.
Segundo ele, agentes já gastaram R$ 270 com conserto de carro.

Arthur BarbalhoDo G1 RN
Teto delegacia Ceará-Mirim (Foto: Anderson Flávio Barbosa)Teto delegacia Ceará-Mirim (Foto: Anderson Flávio Barbosa)
"Se nós não tirarmos dinheiro do nosso bolso, a delegacia não funciona". Essa foi uma das várias reclamações do agente Anderson Flávio Barbosa, que trabalha na Delegacia de Polícia Civil de Ceará-Mirim, na Grande Natal, onde parte do teto desabou nesta segunda-feira (25). Esse foi o segundo caso semelhante na unidade que, de acordo com a Degepol, passou por reparos a pouco mais de um mês.
Ao G1, o policial disse que há muito tempo o prédio, que é de responsabilidade da Delegacia Geral de Polícia do Rio Grande do Norte, não recebe um serviço de manutenção."Aqui são vários problemas. A estrutura do prédio é muito antiga e não recebe a manutenção adequada. Faz bastante tempo que não temos um serviço de manutenção, só são feitos pequenos reparos", disse Anderson.
O policial relatou ainda que devido aos problemas de estrutura no prédio, os próprios agentes custeiam os reparos quando preciso. "Como não foi feita nenhuma reforma no prédio, nós mesmos arcamos com os custos de muitos reparos. Somos dez agentes na delegacia, então dividimos os custos para não ficar pesado para ninguém", explica.
Ainda de acordo com ele, até o conserto de carros da polícia são arcados pelos agentes. "Semana passada gastamos R$ 270 com a manutenção do carro da delegacia, porque se mandarmos para Natal, tão cedo ele não volta. É melhor fazer isso do que ficar sem o veículo",
Situação essa que, segundo o chefe de investigação não vai mais se repetir. "Não dá mais para ficarmos gastando com esse tipo de serviço. Toda semana aparece alguma coisa nesse prédio. Além do custo, tem a questão do desgaste. Vamos parar de fazer isso e deixar correr para ver até aonde isso vai dar porque essa situação está errada. Não deveria estar acontecendo", lamenta ele Anderson.
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