Namorada de tenente é chamada para depor na 11ª...


Publicação: 19 de Fevereiro de 2014 às 00:00

O delegado Sílvio Fernando, titular da 11ª Delegacia de Polícia de Natal e responsável pelas investigações sobre o homicídio do professor e lutador Luiz de França, toma depoimento hoje, às 9h, a enfermeira Valéria Cortês. A mulher é a atual namorada do tenente Iranildo Félix, o oficial da Polícia Militar suspeito de matar a tiros o lutador, em frente à academia Alta Performance, em Cidade Satélite, na manhã do último domingo, 10 de fevereiro.
João Maria AlvesJá Sheila Freitas comanda as investigações do caso Izânia AlvesJá Sheila Freitas comanda as investigações do caso Izânia Alves

Segundo o delegado, há fatos que ele quer esclarecer com a enfermeira sobre o dia do crime. Além disso, Sílvio Fernando afirmou que surgiu nos últimos dias, informações de que Valéria teria sido agredida pelo tenente. “Apesar de ela já ter negado, queremos tirar essas histórias a limpo”, disse.

Para auxiliar Fernando na apuração do homicídio, a Delegacia Geral de Polícia Civil do  RN (Degepol) designou ontem, via Diário Oficial do Estado, o delegado Lenivaldo Ferreira Pimentel. À tarde, os dois se reuniram a fim de traçar o planejamento para as investigações.

Valéria deverá ser ouvida também pela Comissão que investiga  a morte da ex-mulher do tenente, Izânia Alves, assassinada a tiros numa estrada carroçável daquele município, no último domingo. Segundo fonte da Polícia Civil, Valéria Cortês, estava na granja para onde a vítima seria levada, a fim de conhecer o local para a necessidade de levar o filho de três anos para ver o pai. Ela chegou a socorrê-los.

De acordo com fonte da Polícia Civil, no local do crime haviam apenas projéteis das balas da arma de fogo utilizada pelo Iranildo Félix. Na ocasião, o tenente justificou o uso da arma sendo para defesa no momento da abordagem. Quanto aos demais projéteis, “vai se averiguar se no corpo das vítimas estariam as balas de quem os abordou”, declara a fonte.

A comissão de três delegados comandará as investigações do caso, que serão concentradas na  Delegacia Especializada em Investigação ao Crime Organizado (Deicor). A comissão é  coordenada pela delegada Sheila Freitas,  coordenadora da comissão, e composta também pelos delegados Matheus Trindade (titular da Defur), e  Emerson Valente (Deprov) a fim de auxiliar o delegado de Macaíba, Normando Feitosa, nas investigações do assassinato.

Segundo a delegada Freitas, ela ainda está tomando ciência do caso e recebendo a documentação da investigação, e nenhuma oitiva está marcada para os próximos dias.

Advogada
Ontem pela manhã, por meio de carta aberta divulgada em seu perfil pessoal do Facebook, a advogada Thayana Macedo veio a público informar que não defende oficialmente o tenente Iranildo Félix. Ela acompanhou o oficial na delegacia, no domingo, depois de ele e sua ex-mulher terem sofrido um atentado em Macaíba. Após a então advogada Juliana Melo ter abandonado o caso por medo, Thayana assumiu a posição de defesa naquele dia.

Mas segundo ela, não passou disso. “Não possuo procuração ou substabelecimento que me autorizem a atuar na causa ou falar em nome do Tenente Iranildo. Utilizo o presente meio para esclarecer que é garantido a todo e qualquer réu o direito à defesa. Todos merecem ser submetidos a julgamento justo”, escreveu. “Portanto, trago ao conhecimento geral que não sou advogada constituída pelo Tenente Iranildo, e que, como integrante da Ordem dos Advogados do Brasil, defendo a garantia aos direitos que a nossa Constituição nos apresenta”, finalizou.

Tribuna do Norte
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