Integração de sistemas ‘é inviável...

Publicação: 28 de Março de 2014 às 00:00 | Comentários: 0
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Daísa Alves
Repórter

O videomonitoramento controlado hoje pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) está concentrado em oito avenidas, num trecho entre três bairros da zona Leste e Oeste de Natal: Tirol, Lagoa Seca e Lagoa Nova. Se integralizado com as centrais de monitoramento da Guarda Municipal e do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP), a cobertura desse sistema se estenderia às zonas Norte e Sul, e seria ampliada na zonas Leste e Oeste. 
Alex RegisCiosp: monitoramento é feito a partir de 23 câmeras na cidadeCiosp: monitoramento é feito a partir de 23 câmeras na cidade

No total, a cobertura videográfica da cidade é composta por 70 câmeras. Destas, apenas 24,2% são para fiscalização de trânsito. A porcentagem equivale a 17 câmeras, mas nem todas estão operando, somente 10 estão ativas. Estas, são de responsabilidade da Semob. As demais (86%) estão servindo à segurança, sendo 30 da Guarda Municipal e 23 do Ciosp.

Apesar de não ter o intuito exclusivo para o trânsito, boa parte das imagens de segurança são captadas de vias públicas, com fluxo de carros. As da Guarda Municipal estão dispostas nos bairros de Felipe Camarão, Alecrim, Cidade Alta, Ribeira, Rocas, Nossa Senhora da Apresentação, Soledade, Panatis. Enquanto as do Ciosp estão distribuídas na orla de Natal; de Ponta Negra à Praia do Forte. 

A impossibilidade desta integração, segundo exposto pelos órgãos de segurança, é a motivação das captações. “Precisamos zelar pela imagem, a identificação das pessoas gravadas pelas câmeras. As nossas câmeras são voltadas para a segurança pública. Muitas vezes, um foco, ou direcionamento não teria aplicabilidade para o setor de trânsito”, explica Major Carlos Macêdo, comandante do Ciosp.

O entendimento do major se baseia no fato de que se uma segunda central tem acesso em tempo real a imagem de determinada câmera, ela não terá autonomia de controle de ângulo e foco da imagem. Ela receberia a imagem da câmera com o manuseio da central detentora do controle. Apesar de não ceder as imagens, o Ciosp planeja obter as captações do setor de trânsito e da Guarda Municipal.

“Mesmo que a câmera não seja focada no trânsito, o que se visualize a mais é sempre bem vindo”, posiciona Marconi Spínola, chefe do Departamento de Engenharia de Trânsito da Semob. “Algumas câmeras nossas estão locadas em semáforos. As câmeras da Guarda são de controle de segurança. Mas, cobrem regiões onde nós não temos câmeras”, diz. 

A sugestão seria de uma central de videomonitoramento municipal. Segundo o secretário municipal de Segurança Pública e Defesa Social, Osair Vasconcelos, ano passado houve reuniões entre as secretarias para discutir a criação de um centro de controle. “É uma meta integrar, mas agora estamos com foco para a Copa”, diz.
Tribuna do Norte
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