Homem de 26 anos foi preso em casa, em Buíque, Agreste do estado.
Mandado de prisão preventiva foi expedido pela 36ª Vara Federal.
A Polícia Federal prendeu mais um suspeito de envolvimento na morte do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, assassinado em outubro de 2013, em uma emboscada na rodovia PE-300, no Agreste de Pernambuco. O suspeito de 26 anos é o quinto a ser preso desde que a PF assumiu as investigações do caso. Ele foi detido em casa no último dia 19, no município de Buíque, também no Agreste, mas a prisão só foi divulgada nesta quarta (24). Em seguida, prestou depoimento e foi encaminhado ao Centro Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, Grande Recife.
O mandado de prisão preventiva do suspeito foi expedido pela 36ª Vara Federal. A PF não informou qual teria sido a participação dele no crime, e como as investigações tramitam em segredo de justiça, esclarecimentos sobre o depoimento do preso não podem ser divulgados.
O crime aconteceu no dia 14 de outubro de 2013. O promotor foi morto quando seguia de Águas Belas para Itaíba, cidade onde trabalhava. Para a Polícia Civil, que iniciou a investigação, foi o fazendeiro José Maria Barbosa quem contratou o cunhado, Edmacy Ubirajara, para matar Thiago Faria.
A motivação envolveria uma disputa pelas terras da Fazenda Nova. José Maria perdeu a posse para a noiva do promotor, em um leilão da Justiça Federal, e teve que deixar o imóvel. Em entrevista exclusiva à TV Globo, na época do crime, o fazendeiro negou ter cometido o homicídio. Edmacy Ubirajara chegou a ser preso – passou dois meses no Cotel. O advogado de defesa conseguiu que o acusado saísse da prisão para responder pelo homicídio em liberdade.
Quatro cartuchos de espingarda 12 foram encontrados no carro do promotor. A noiva, Mysheva Martins, e o tio dela também estavam no veículo, mas não ficaram feridos. Segundo simulação ocorrida em 23 de dezembro, os três foram perseguidos por um carro. O homem que estava no banco de trás de um veículo atirou com uma espingarda 12, acertando o promotor. Mysheva saiu do carro do noivo e se protegeu no barranco; o tio dela também saiu do veículo e andou pelo acostamento. Os atiradores voltaram e o homem que estava atrás atirou outras três vezes, antes de deixar o local do crime. Mysheva e o tio escaparam ilesos.
Conflito e federalização
Em agosto deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a imediata transferência de responsabilidades no caso do promotor para os órgãos federais. Para o ministro relator, Rogerio Schietti Cruz, é notório um conflito entre Polícia Civil e Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A Polícia Federal já estava a par de alguns atos urgentes, depois de liminar, enquanto tal determinação não era decidida. O pedido de federalização foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Para o STJ, "o crime estaria inserido no contexto de atuação de grupos de extermínio na área, conhecida como Triângulo da Pistolagem". Parentes da noiva do promotor já foram alvo de denúncias e investigações sobre este tipo de crime na região.
Fonte: G1/PE
Mandado de prisão preventiva foi expedido pela 36ª Vara Federal.
A Polícia Federal prendeu mais um suspeito de envolvimento na morte do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, assassinado em outubro de 2013, em uma emboscada na rodovia PE-300, no Agreste de Pernambuco. O suspeito de 26 anos é o quinto a ser preso desde que a PF assumiu as investigações do caso. Ele foi detido em casa no último dia 19, no município de Buíque, também no Agreste, mas a prisão só foi divulgada nesta quarta (24). Em seguida, prestou depoimento e foi encaminhado ao Centro Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, Grande Recife.
O mandado de prisão preventiva do suspeito foi expedido pela 36ª Vara Federal. A PF não informou qual teria sido a participação dele no crime, e como as investigações tramitam em segredo de justiça, esclarecimentos sobre o depoimento do preso não podem ser divulgados.
O crime aconteceu no dia 14 de outubro de 2013. O promotor foi morto quando seguia de Águas Belas para Itaíba, cidade onde trabalhava. Para a Polícia Civil, que iniciou a investigação, foi o fazendeiro José Maria Barbosa quem contratou o cunhado, Edmacy Ubirajara, para matar Thiago Faria.
A motivação envolveria uma disputa pelas terras da Fazenda Nova. José Maria perdeu a posse para a noiva do promotor, em um leilão da Justiça Federal, e teve que deixar o imóvel. Em entrevista exclusiva à TV Globo, na época do crime, o fazendeiro negou ter cometido o homicídio. Edmacy Ubirajara chegou a ser preso – passou dois meses no Cotel. O advogado de defesa conseguiu que o acusado saísse da prisão para responder pelo homicídio em liberdade.
Quatro cartuchos de espingarda 12 foram encontrados no carro do promotor. A noiva, Mysheva Martins, e o tio dela também estavam no veículo, mas não ficaram feridos. Segundo simulação ocorrida em 23 de dezembro, os três foram perseguidos por um carro. O homem que estava no banco de trás de um veículo atirou com uma espingarda 12, acertando o promotor. Mysheva saiu do carro do noivo e se protegeu no barranco; o tio dela também saiu do veículo e andou pelo acostamento. Os atiradores voltaram e o homem que estava atrás atirou outras três vezes, antes de deixar o local do crime. Mysheva e o tio escaparam ilesos.
Conflito e federalização
Em agosto deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a imediata transferência de responsabilidades no caso do promotor para os órgãos federais. Para o ministro relator, Rogerio Schietti Cruz, é notório um conflito entre Polícia Civil e Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A Polícia Federal já estava a par de alguns atos urgentes, depois de liminar, enquanto tal determinação não era decidida. O pedido de federalização foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Para o STJ, "o crime estaria inserido no contexto de atuação de grupos de extermínio na área, conhecida como Triângulo da Pistolagem". Parentes da noiva do promotor já foram alvo de denúncias e investigações sobre este tipo de crime na região.
Fonte: G1/PE