Polícia pede mais 30 dias para concluir inquérito sobre morte de italiana

Presidente do inquérito pediu a prorrogação do prazo de entrega à Justiça.
Caso da morte de Gaia Molinari completou um mês no dia 25 de janeiro.


A Polícia Civil do Ceará solicitou à Justiça a prorrogação por mais 30 dias do prazo de entrega do inquérito que investiga a morte da italiana Gaia Molinari. De acordo com o órgão, o pedido de mais tempo é para a continuidade das investigações. O crime completou um mês em 25 de janeiro. A turista italiana foi encontrada morta na região do Serrote, na praia de Jericoacoara. Nos últimos 30 dias, a polícia realizou perícias, ouviu depoimentos, mas mantém o caso em sigilo e ainda sem respostas.

Apesar da repercussão internacional, os responsáveis pelas investigações têm evitado dar entrevistas à imprensa sobre o assunto. Para o promotor de Justiça de Jijoca de Jericoacoara, Francisco das Chagas de Vasconcelos Neto, é preciso proteger as investigações. "Eu entendo. As autoridades trabalham com provas e trabalham com produtos formais de investigações. Nenhum tipo de clamor", afirma.

De acordo com a dona da pousada em que esteve hospedada, Paula Bonelli, a italiana liberou o quarto na tarde do dia 24 de dezembro e saiu para a praia antes de voltar  para Fortaleza. "Eu pessoalmente acredito ter visto Gaia entre duas e, no máximo, três horas. Mais perto de duas do que três horas da tarde. Ficou uma sacola grande com todos os pertences que Gaia tinha trazido para Jericoacoara. Eu dei conta dessa sacola no dia seguinte quando minhas funcionárias deram conta que tinha a sacola. Vi a blusa em cima da sacola e percebi que era de Gaia. A primeira coisa que pensei foi: 'Ela esticou mais um dia'".

No dia 26 de dezembro, um morador de Jericoacoara foi preso suspeito de participar do caso. O homem prestou depoimento na Delegacia de Proteção ao Turista em Fortaleza, passou por exames na Perícia Forense e foi liberado pela polícia por não existir indícios suficientes para a prisão em flagrante. No dia 29 de dezembro, a carioca Miriam França, que viajou com a italiana para Jeriacoacoara, passou de testemunha à suspeita, teve a prisão temporária decretada e ficou detida por duas semanas na Delegacia de Capturas, no Centro de Fortaleza.

No dia 13 de janeiro, o juiz da comarca de Jijoca de Jericoacoara, José Arnaldo dos Santos Soares, revogou a prisão temporária da farmacêutica carioca Miriam França, que acompanhava a italiana Gaia Molinari na viagem à praia onde foi morta. A revogação foi solicitada pela Defensoria Pública na terça-feira (6) alegando não haver motivos para mantê-la presa. O magistrado decidiu ainda que a farmacêutica não poderá se ausentar do estado pelo prazo de 30 dias. A carioca estava presa desde o dia 28 de dezembro. O endereço do local onde ela está em Fortaleza não foi divulgado, por questões de privacidade, segundo a Defensoria Pública.

O corpo da turista foi enviado para Itália também no dia 13 de janeiro. O funeral da vítima aconteceu no dia 17 de janeiro na cidade de Piacenza, cidade natal da jovem. O corpo de Gaia Molinari estava na Perícia Forense de Sobral até o dia 30 de dezembro e, antes de seguir para a Itália, foi embalsamado em uma funerária em Fortaleza.

Fonte: Tv Verde Mares
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