Juiz manda separar presos de Natal por tipo de crime, e não por facção

Henrique Baltazar diz que os detentos não podem mandar nos presídios.
Segundo magistrado, 200 presos foram transferidos ontem, quinta-feira (22).

As transferências envolvem apenas presos que ainda aguardam julgamento, hoje detidos no Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes (Cadeia Pública de Natal) e nos Centros de Detenção Provisória de Candelária, Potengi, Ribeira, Zona Norte e Pirangi.

"As primeiras transferências estão sendo realizadas na Cadeia Pública de Natal, que a partir de agora só custodiará internos presos por assalto. Quem for preso por tráfico de drogas, por exemplo, vai para o CDP de Candelária", revelou o magistrado.

Para os casos de estupro, Baltazar acrescentou que os presos serão levados para o CDP de Nova Parnamirim, que fica na região Metropolitana da capital. E para os crimes de homicídio, ainda não ficou definido para qual unidade os presos serão transferidos.

Ainda de acordo com o juiz, a forma que a Sejuc encontrou para evitar conflitos dentro das unidades prisionais do estado não funciona e só fortalece a criminalidade. "Atualmente, em um presídio onde é evidente a presença de um determinado grupo, a Baltazar revelou que as transferências envolvem presos do Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes (Cadeia Pública de Natal) e dos Centros de Detenção Provisória de Candelária, Potengi, Ribeira, Zona Norte e Pirangi.
Facções

A separação de presos por facção vem ocorrendo há pouco mais de dois meses, quando dois grupos rivais passaram a se digladiar dentro dos presídios. Neste ano, 20 presos já foram assassinados ou encontrados mortos em condições suspeitas dentro de unidades prisionais do estado. De agosto para cá, foram dezoito mortes.

"Uma das facções nasceu a partir de um grupo que comanda a criminalidade de dentro dos presídios de São Paulo. Aqui no Rio Grande do Note, houve uma dissidência e os membros dessa facção fundaram um novo grupo. Hoje, estes dois grupos disputam o poder dentro das unidades do estado. São eles quem controlam os presídios", afirmou o magistrado.



Fonte: G1RN
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