Por MARCELO ANASTÁCIO - BLOG NO Q.A.P
Há
tempos vemos os desmandos na pátria amada, constantemente desonrada.
Rimou, mas, foi sem nenhuma pretensão poética. Os civis no poder
provaram que não conseguem vencer tanta corrupção, tanta obra
superfaturada, tanto descaso com o povo brasileiro, tanta violência,
falta de regras e limites. Na verdade não existe governo perfeito, isso é
utópico, mas, será que um governo militar seria mais corrupto que os da
atualidade?
Já vimos muita lama, gente incompetente com poder demais, sem saber o
que efetivamente vai fazer, titubeando nas tomadas de decisões,
submissos completamente a especulação, por exemplo. Paralelamente, vemos
vários segmentos amadurecendo como os militares estaduais e federais,
os funcionários públicos federais, professores e que estão a deriva
buscando sentido para tanto abandono para suas respectivas carreiras.
Neste sentido, usando o discurso clichê do ídolo nacional "Tiririca",
por quê não apostarmos num candidato militar à presidência da república?
"Pior que tá num fica"... Obviamente alguns torcem o nariz para a
ideia, contudo, bem diferente do passado, os militares precisam
participar do jogo "democrático", assim como os terroristas e ladrões de
banco puderam, alçando o posto máximo da república, por quê temos que
ficar com esse complexo da ditadura, nos amordaçando política e
moralmente até hoje? A geração que lutou contra a luta armada no Brasil,
já está no mínimo aposentada, outros já morreram, e os que estão vivos
com certeza não participaram da ditadura militar.
Por isso temos que lançar ao menos um candidato militar para a
presidência do Brasil, seja General Heleno, seja o Bolsonaro, seja algum
militar de outra força ou policial militar, o que não podemos é ficar
resmungando, reclamando, fazendo protesto, que na maioria das vezes
sequer tem a devida cobertura da imprensa, por questões óbvias.
Aglutinar os votos da família militar é mais fácil que aturar Dilma e
sua cúpula.
Os motivos não seriam apenas salariais, mas, as reformas de base que
foram tão prometidas por FHC e Lula e que nunca saíram do papel. E para
aqueles que disseram sobre a ditadura o argumento é mais fácil ainda: "-
Não queremos entrar pela porta dos fundos, queremos entrar pelo voto.
Se os políticos civis ignoram nossa categoria, também temos que fazer o
mesmo quando formos as urnas".
Qualquer coisa ou ato fora disso é proselitismo (embromação)
política, dissimulação, rodeio e engodo. Pensar na família militar é
votar em militar, é apoiar militar, é se candidatar sendo militar. Só
conhece a nossa realidade quem vive nela, o resto é teoria, é sofismo e a
tentativa de fazer da família militar uma escada eleitoral.
MARCELO ANASTÁCIO - BLOG NO Q.A.P