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Promotor diz ter 'absoluta certeza' que mãe envenenou filho no Ceará
Promotor diz ter 'absoluta certeza' que mãe envenenou filho no Ceará
Promotor do Ministério Público cita contradições em depoimentos da mãe.
Cristiane Coelho é acusada de matar filho com sorvete envenenado.
Após as últimas testemunhas prestarem depoimento no caso Francileudo, que investiga o assassinato de uma criança de 9 anos com sorvete envenenado, o promotor do Ministério Público Federal no Ceará Humberto Ibiapina diz ter "absoluta certeza" de que a mãe da vítima, Cristiane Coelho, é responsável pelo homicídio.
A conclusão do promotor ocorreu após o depoimento da acusada, na noite de quarta-feira (22), no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. Ela acusada também de tentar matar o ex-marido, Francileudo Bezerra, com veneno. Ele chegou a ficar em coma durante duas semanas e sobreviveu.
Segundo o promotor Humberto Ibiapina, Cristiane Coelho entrou em contradições diversas vezes durante o depoimento e não soube explicar quem escreveu mensagens em rede social se passando por Francileudo Bezerra.
"O computador estava na casa no momento em que foi feita a pesquisa em relação ao chumbinho. Ela diz que não foi ela e não sabe explicar quem foi, mas o Francileudo estaria no Hospital do Exército. Essas contradições levam o Ministério Público a ter absoluta certeza de que ela foi autora do fato.
Defesa
O perito particular contratado para a defesa de Cristiane Coelho, acusada de matar o filho com sorvete envenenado e tentar matar o ex-marido, contesta os laudos oficiais da Polícia Civil utilizados como evidências para pedir a prisão dela. Para o perito Ravier Feitosa, durante o período de 49 dias entre a data do crime e a da segunda perícia, pode ter havido contaminação das provas.
"O computador que foi recolhido pelo delegado foi para a perícia depois de 50 dias. O que foi feito nele depois desses 50 dias? Só Deus sabe. Outra coisa: foram recolher material lá na casa depois de 49 dias de ocorrer o fato", alega o perito.
Os peritos da Polícia descartam a possibilidade de manipulação ou contaminação de evidências e afirma que o período foi necessário para ouvir as testemunhas e realizar uma coleta de material na casa onde ocorreu o crime. Os peritos prestaram depoimento nesta quarta-feira (22), no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza.
Com os depoimentos desta quarta, todas as testemunhas foram ouvidas. Defesa e acusação terão um prazo de cinco dias para as considerações finais. Após esse prazo, o juiz decide se Cristiane Coelho vai ou não a júri popular.
O crime (relembre aqui)
O crime aconteceu em novembro de 2014, no Bairro Dias Macedo, em Fortaleza. Cristiane Coelho acusou o marido, o subtenente do exército Francileudo Bezerra, de tentar envenená-la com remédios e de envenenar o próprio filho, de 9 anos. Na ocasião, Cristiane disse ainda à polícia que o subtenente teria tentado se matar em seguida.
O subtenente passou semanas em coma no Hospital Militar. O laudo do Insitituo Médico Legal trouxe uma reviravolta no caso: Francileudo Bezerra e o filho tinham sido envenenados com chumbinho, um veneno para matar ratos.
Quando o subtenente acordou do coma, ele negou o crime. Durante as investigações, a polícia descobriu que Cristiane pesquisou na internet sobre como envenenar uma pessoa com chumbinho. Desde então, ela passou a ser considerada a principal suspeita.
Em abril deste ano, o laudo da polícia foi concluído e apontou Cristiane como responsável pela morte do filho mais velho, que era autista. Depois disso, Francileudo conseguiu a guarda do filho mais novo do casal, de 5 anos, que até então estava no Recife, com a mãe.
Em maio, Cristiane teve a prisão decretada pela polícia e chegou a ser considerada foragida. Dias depois ela se entregou e, atualmente, está no presídio feminino Auri Moura Costa, em Itaitinga.
Fonte: tvverdesmares
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